Não te procuro, mas por vezes na solidão dos pensamentos consigo constatar... já lá vai tanto tempo e não te consigo encontrar. Não te peço perfeição, apenas um misto de astúcia e bons valores. Já senti quando de rompante dás um ar de tua graça, na forma de um rosto, nascendo dentro de mim uma esperança que se desvanece nas entranhas da realidade.
Imagino um singelo cenário, sentados a lareira a ouvir o simples estalar da madeira, sinto um crescendo desejo em te matar num beijo, de te envenenar do meu desejo e te deixar num estado de transe profundo. Abrir-te a pele e descobrir-te por dentro. Ouvir-te gritar onde ninguém te possa ouvir. E deixar-te desvanecer sob o meu feitiço até que o teu coração pare. E no fim, ver-te dormir indefesa, apreciar-te em pele, ouvir-te a respirar suavemente e deliciar-me a elaborar, docemente, a tua próxima morte.
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Como percebo*
Obrigada pelas palavras.