Em mim habita muito mais que uma pessoa, uma delas permanece no anonimato, não gosta de se expor. E como essa pessoa venera a solidão, adora música melancólica e se sente bem quando oprimida pelo sofrimento. Eis o Solitário.
Tem a estranha capacidade de emergir em público, sem que ninguém se aperceba, a solidão não é para ele um espaço onde apenas ele se encontra, mas sim, qualquer situação que lhe faça sentir toda a sua insignificância. A incompreensão reforça-lhe o ego. Quando incompreendido, sorri, faz um gesto carinhoso e desvia a atenção.
Após uma fase conturbada, o Solitário tem hoje mais influência que qualquer outro. Devo-lhe a descoberta do gosto de viajar sozinho. E, como se aprecia, como chama muito mais a atenção, como ganha importância qualquer pormenor quando estamos sós.
Obrigado Solitário.
Comments
nos momentos em que deve ser.
Descobres o mais fundo que há em ti, através desse herói que se esconde no anonimato e na música melancólica,
que despertas os sentidos mais profundos.
(*;
beijinho
Por vezes todos nós merecemos e queremos disfrutar um pouco da solidão, sendo ela mesma quem nos comanda. Por vezes somos também fragmentos dela, solitários, saudosos e irreverentes solitários que amam quando a atenção lhes foga da alma. Por vezes a serenidade é tanta que a solidão é desejada! adorei
Aqui te escrevo eu, em retorno da bela simpatia que espalhas-te no meu blog. Escrever um livro é mais díficil do que nos pode parecer, exige-nos com muita mais força do que a que pensamos não ter. Nós temos essa força, só temos de encontrar a determinação para o fazer. Seria de um enorme prazer poder ter todas as qualidades para lançar em páginas, um pedaço de mim... Mas não sei... Caso eu o faça, o esteja a fazer, lembrar-me-ei de ti. Partilharei contigo esta experiência e a minha vivência nas páginas. Quem sabe um dia sejamos vizinhos na estante da livraria.
Um beijo
muito obrigada !
Esconde-se do mundo que não o seu. Não se acha digno de nele ainda permanecer, pois o peso, que sobre ele carrega, torna-se mais custoso à medida que o tempo passa sem conseguir perdoar-se a si mesmo.
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