Acordo. Levanto-me e tomo banho. Olho para o céu. Encho o peito de vontade e adrenalina e parto na aventura, sem preparação. Chegado, inspiro a solidão e mantenho firme a máquina fotografica. Ao longe o automóvel fica aberto transportando sons citadinos. Caro momento, captei-te, roubei-te da realidade e agora és meu.
Imagino um singelo cenário, sentados a lareira a ouvir o simples estalar da madeira, sinto um crescendo desejo em te matar num beijo, de te envenenar do meu desejo e te deixar num estado de transe profundo. Abrir-te a pele e descobrir-te por dentro. Ouvir-te gritar onde ninguém te possa ouvir. E deixar-te desvanecer sob o meu feitiço até que o teu coração pare. E no fim, ver-te dormir indefesa, apreciar-te em pele, ouvir-te a respirar suavemente e deliciar-me a elaborar, docemente, a tua próxima morte.
Comments